Casar… Planeou cuidadosamente esse dia e procurou que fosse inesquecível (e foi!). Continuaram a namorar, e a gostar-se, a construir memórias felizes até que um dia em que o gostar já não cabia em vocês, decidiram ser pais… e o mundo nunca mais foi o mesmo. Quem olhava para vocês talvez não conseguisse imaginar que este dia ia chegar mas, fruto das circunstâncias da vida, das relações que nos esquecemos de regar, dos silêncios incompreendidos e/ou das escolhas de cada um, aconteceu… O divórcio é o próximo passo e não há volta a dar.
Quando pensa nisso, provavelmente dói-lhe o que podia ser e não foi, os sonhos que não se concretizaram, as promessas que não passaram disso. Está triste, desolado/a e vê tudo mais cinzento… Sente que falhou… E não sabe o que dizer e o que fazer com o seu filho.
Ele ouviu as discussões, as desavenças.. Sentiu um ar pesado em casa e foi estando atento a mais sinais do que imaginaria. Porque nas tempestades precisamos de bússolas que norteiem o nosso caminho, deixamos-lhe algumas dicas para saber o que fazer e dizer ao seu filho.
– Fale com a criança e explique-lhe que o papá e a mamã já não vão morar juntos, mas que continuaram a ser amigos e que continuarão a protegê-la e a amá-la.
– Evite usar termos como “ o papá e a mamã já não são namorados” ou “o papá e a mamã deixaram de gostar um do outro da mesma maneira” pois isso poderá criar dificuldades na criança para lidar com os sentimentos dos pais. .
– Sublinhe que nada do que está acontecer é culpa da criança.
– Procure antecipar as dúvidas da criança e responder às suas dúvidas, usando uma linguagem adequada à faixa etária da criança.
– Resolver e encerrar todos os assuntos é um processo demorado assim, logo que possível falem com a criança. Quando não souber a resposta, não invente. Diga à criança que ainda não falaram sobre esse aspecto ou que não sabe mas que, assim que tiver uma resposta dir-lhe-á.
– Lembre-se que as crianças mais pequenas poderão não falar sobre o assunto mas isso não equivale a desconhecerem a situação. Pode até acontecer que, sabendo algo sobre o assunto, possam não falar, respeitando o vosso silêncio e assumido uma postura protectora em relação aos pais.
– Quando decidirem falar com a criança devem ambos estar presentes. Se for de todo impossível por ressentimentos e ódios, falem com a criança separadamente mas de modo similar.
– Assegure a criança de que tudo será feito para que ambos os pais estejam presentes nos momentos importantes, mas também em algumas das rotinas.
– Estão a separar-se enquanto casal mas, não estão a declinar o vosso papel de pais por isso, ambos os progenitores devem manter um contacto tão próximo quanto possível com a criança, contribuindo para que o seu desenvolvimento siga um percurso normal.
– Procurem manter um diálogo isento de recriminações e acusações. Em vários momentos da vida da criança terão que tomar decisões em conjunto e conviver no mesmo espaço. Discutirem, acusarem-se e não comunicarem contribuirá para que a criança desfrute menos dos seus momentos especiais porque sente a tensão entre ambos.
– Poderão surgir na criança comportamentos regressivos como falar mais à bebé, voltar a fazer xixi na cama, etc.
– Fale com o professor da criança e explique-lhe a situação para que este possa perceber eventuais mudanças de comportamento e possa adoptar estratégias facilitadoras da aprendizagem.
– O “não” continua a ser uma palavra que pode e deve usar. Não ceda à tentação de não usar esta palavra por pensar que a criança já está a sofrer demais com toda a situação. O que pode parecer uma solução, só funcionará enquanto tal num curto período de tempo, podendo a longo prazo tornar-se num problema.
– Nunca se esqueça que a criança é filho de ambos. Não procure afastar o outro progenitor, não tenha um discurso que transmita à criança uma imagem monstruosa do outro progenitor .
– Sejam coerentes nas regras e nas rotinas estabelecidas, porque pior do que uma má educação serão duas educações diferentes, capazes de confundir a criança.
– Nunca se esqueça que a criança é filho de ambos. Não procure afastar o outro progenitor, não tenha um discurso que transmita à criança uma imagem monstruosa do outro progenitor .
– Aconteça o que acontecer, não se esqueça que o que ambos querem, em última instancia, é o bem estar da criança. Procurem por isso escutar-se um ao outro e conversar calmamente sobre os assuntos que digam respeito à criança.
Liliana Freitas Branco
Psicóloga Clínica da Equipa Mindkiddo da Oficina de Psicologia
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