Como dizer ao meu filho que é adotado?
Como dizer que é filho do seu coração? Não há uma resposta certa. Quando? Bem, é importante explicar à criança o mais cedo possível toda a situação de adoção. Não falar ou adiar o assunto, esperando “o momento ideal”, pode originar sentimentos de desconfiança.
A criança adotada já passou por experiências de abandono, tendo, por isso, receio de ser abandonada novamente. É natural que seja mais carente e exija mais atenção por parte dos pais, até porque o sentimento de pertença não é alcançado de imediato. É assim mais frequente, também, que algumas crianças apresentem dificuldades a nível emocional, como episódios de tristeza, depressão, baixa autoestima e insegurança. É ainda comum que os filhos adotivos, por vezes, demonstrem sentimentos de revolta e comportamentos agressivos e de desobediência contra os cuidadores ou outros membros da família. Estes riscos são influenciados por diversos fatores, como o número de institucionalizações a que a criança foi sujeita, experiências negativas anteriores (maus tratos, negligência, etc.), idade com que foi retirada da família biológica, entre outros.
Quando os cuidadores tomam a iniciativa de explicar aos filhos adotivos que estes são adotados, há que ter em conta a idade da criança e a capacidade da mesma para compreender a situação, adequando, por exemplo, o tipo de linguagem utilizado.
Até aos 3 anos de idade, as crianças não compreendem a diferença entre família biológica e família adotiva. Por volta dos 3 anos, a criança começa a compreender melhor o significado de família e a concentrar o seu interesse em como nasceu, questionando a mãe se cresceu dentro da sua barriga. Assim, este pode ser um momento oportuno para lhe explicar o processo de adoção. É natural e bastante comum que a criança faça perguntas sobre o tema. Responda e explique que agora ela vai ficar com aquela família, que ninguém a vai abandonar. Isto porque é frequente que se manifestem medos relacionados com o abandono e a separação. Pode recorrer a livros e/ou filmes que abordem esta temática. Ajudará a criança a compreender melhor a situação e a colocar de parte as suas preocupações.
À medida que vai crescendo a criança observa e vai percebendo que os amigos nasceram da barriga da mãe. Comparando-se com eles, podem surgir sentimentos de culpa, ou seja, a criança pode sentir-se culpada por uma escolha que não foi dela, pela decisão da adoção. A partir dos 6 anos, a criança já é capaz de compreender melhor o conceito da adoção, isto é, consegue perceber que deixou de ter a sua família biológica, mas que ganhou uma família adotiva. As crianças podem começar a fazer perguntas sobre os seus pais biológicos. Deixe que o seu filho fantasie acerca da família biológica e do modo como poderia ter sido a sua vida se não tivesse sido adotado.
Durante a adolescência, as fantasias continuam. O jovem começa a tentar identificar-se com a família biológica, nomeadamente, no que diz respeito à sua aparência física. Assim, é importante que os pais tentem responder às necessidades da criança/jovem, falando abertamente sobre a adoção e respeitando o seu interesse acerca da família biológica.
É muito importante e protector para as crianças adotadas, que tenham conhecimento da adoção, da sua história, através dos seus pais adotivos.
Como dizer? Comece com o coração.
Catarina Rosário
Psicóloga Clínica
Oficina de Psicologia – Equipa Mindkiddo
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